Capitulo
IV – Uma Batalha Individual
Nós
descemos para o 4º nível e começamos a andar pelo labirinto, a
tensão era tão grande que nós todos já tínhamos empunhado
nossas armas e fazia tanto silencio que nós ficamos muito
preocupados, porque este nível era muito diferente dos outros três,
nos outros nós podíamos sentir um cheiro fétido que chegava a
queimar nossas entranhas e havia muitos ruídos, gritos de dor e até
risadas demoníacas, mas neste salão era um silencio infinito, que
era quebrado apenas por nossos passos e pela respiração um pouco
ofegante da Juliana. Logo
depois disso, a Lídia lembrou que estava sem flechas e que
precisava voltar pra comprar mais algumas, eu pedi pra ela levar a
Coroa da Luz de Leoric e trocar por um arco melhor com o Griswold,
aquela coroa devia valer alguma coisa, e também tinha o grande
machado do The Butcher que eu deixei na vila, com esses dois itens,
acho que era suficiente pra comprar um bom arco pra Lídia, e uma
boa espada pra Juliana. Depois
disso, todos começaram a volta para o 3º nível, foi ai que eu
falei que iria ficar e dar uma olhada no 4º nível, e que a gente
se encontrava quando eles voltassem. De inicio a Ju ficou bem
preocupada de eu ficar sozinho ali, mas ela confiava em mim e já
tinha visto eu lutar, no fundo ela sabia que não seria tão fácil
alguém me matar.
...
Eu vi, que não tinha mais ninguém próximo a ele, então eu fui
meio despreocupado, mas eu já estava com a espada na mão, qualquer
coisa que ele fizesse seria fácil de mais cortar ele em dois. Quando
eu me aproximei, ele me disse: -
Ei você, venha aqui !!. Eu sou um Devil Kin, será que você
poderia matar os grandes Overlords pra mim, só você pode fazer
isso! Vai lá e mate todos eles, e traga pra mim a placa mágica,
que fica dentro de um baú ao fundo do salão ... -
Isto é o melhor que você pode fazer para o seu bem !! Eu
o achei um tanto arrogante, mas eu fiquei curioso pra pegar a tal
placa, e porque aquela criatura pediria ajuda há um humano, claro
que eu não fiquei com medo da ameaça dele, mas eu aceitei e fui
atrás da tal placa. Assim
que eu entrei pela porta que ele indicou, a sala era bem mal
iluminada e tinha um cheiro muito forte, seria bem arriscado eu
entrar naquela sala, com aquela pouca visibilidade eu poderia ser
morto facilmente, eu olhei pro lado eu vi uma tocha, aquilo era tudo
o que eu precisava, quando eu entrei com a tocha eu pude ver o que
tinha lá dentro, e não era nada bom. Eram
6 Overlords, eles eram bem parecido com o The Butcher, só que um
pouco menores e provavelmente bem mais fracos, era bem difícil
lutar contra eles, porque uma mão tava ocupada segurando a tocha,
então eu só tava usando uma mão pra atacar, meus ataques não
saiam como eu queria, e era fácil eles se esquivarem, eles eram bem
rápidos. Foi
ai que tomei uma decisão arriscada, eu joguei a tocha no chão e
decidi lutar no escuro mesmo, meu mestre tinha me treinado para
lutar com os olhos vendados, e eu tinha aprendido muito bem esta técnica,
na época eu achei que fosse desnecessária e eu nunca lutaria
daquela maneira, só que mais uma vez eu estava errado, e eu agradeço
meu mestre novamente. A
tocha se apagou rapidamente, e o escuro tomou conta da sala, eu pude
ouvir claramente as risadas dos monstros, e na verdade isso me
ajudou de inicio, eles faziam muitos grunhidos ficava fácil saber a
localização deles. Neste
instante, um deles conseguiu me acertar, a porrada que eu levei no
ombro me levou ao chão, eu levantei imediatamente e contra ataquei,
felizmente ele não foi ágil o bastante para desviar do meu golpe,
eu senti a espada entrar no peito dele, eu fui descendo a lamina até
a barriga dele, eu estava torturando aquela criatura, pra falar a
verdade eu estava gostando de fazer aquilo e ouvir aquele bicho
urrar de dor, foi ai que um segundo Overlord, tentou me atacar, eu
retirei a espada de dentro do corpo do 1º, e já parti para o próximo
ataque, eu já estava ficando cansado com aquilo e decidi acabar de
uma vez com aquela festa, eu desferi mais alguns golpes, o
suficiente para matar os outros cinco. Eu
entrei na sala, e abri a porta que tinha, quando eu entrei na outra
sala, a primeira coisa que eu reparei é que lá tinha luz, eu
fiquei bem irritado com aquilo, naquela sala tinha um baú, assim
como o mostro falou, eu abri e foi ai que eu vi que dentro do baú
havia uma placa, naquele instante eu não tinha a reconhecido, mas
logo depois que eu sai da sala, eu lembrei que eu vi o mesmo emblema
na porta da Taverna, então aquela placa deveria ser do Odgen o dono
da “Taverna do Sol Nascente”. Eu
decidi entregar aquela placa pro Odgen, eu dei a volta pelo
labirinto para o mostro não me ver, eu consegui voltar para cidade
sem problema, quando eu cheguei na cidade eu vi todo meu pessoal na
Taverna, bebendo e se divertindo enquanto eu batalhava. Assim
que eu vi o Odgen, eu perguntei: -
Odgen, essa placa é da sua taverna ?? -
Onde você a encontrou, por um acaso foi na Catedral ?? Ele me
perguntou afoito. -
Sim foi lá que eu a encontrei !!
-
Isso explica os Devils Kins que apareceram aqui semana passada...
Eles não destruíram a Taverna, não me machucaram, mas, o que será
que eles queriam com minha placa ?? Ao
terminar de falar, ele me deu um capacete como recompensa. Eu estava
curioso pra saber o motivo na qual os Devils Kins queriam a placa,
eu fui consultar Cain, o líder da vila: -
Estou surpreso!! Falou Cain! -
Essas criaturas odeiam o sol... Eu creio que imaginaram que onde a
imagem dele estivesse pintada, esse objeto teria poderes arcanos,
por isso o interesse deles na placa de Odgen, que tem um sol
pintado! Isso
foi uma surpresa pra mim, pois eu não esperava que esses demônios
fossem tão burros a ponto de pensar dessa maneira. Mas eu resolvi
descer novamente para o 4º nível, a Lídia falou que estava
cansada e que queria descansar um pouco. Eu falei que eles poderiam
descansar que eu já voltava. Assim
que eu cheguei ao 4º nível, eu lembrei que o Devil Kin queria a
placa, e que provavelmente eu teria que mata-lo. Na verdade isso não
me incomodou nem um pouco, seria mais um que morreria com um simples
golpe da minha espada. Assim
que eu o encontrei novamente, ele gritou: -
Cadê a minha Placa mágica? -
Eu entreguei para o verdadeiro dono. “Eu respondi no mesmo tom” -
Pois então, irás morrer aqui! Mal
ele terminou de falar suas ultimas palavras, e as grades desceram,
junto com quatro vão de paredes, revelando uma horda de Devils Kins,
todos armados com lanças e foices... Na
verdade eu tinha ficado meio preocupado, mas foi uma luta
parcialmente fácil porque todas as vezes que eles viam um de seus
conterrâneos morrerem, eles fugiam, e depois voltavam. Então de um
por um, fui os eliminando, finalmente eu consegui matar o Devil Kins
que me pediu a placa, eu cortei ele ao meio com um simples passar de
espada, na verdade eu ainda quis perguntar pra ele, porque ele
queria aquela placa inútil, mas não houve tempo, ele morreu antes
de falar qualquer coisa. Depois
disso, eu decidi voltar para vila, mas foi ai que eu viu uma
criatura meio estranha, ela tinha apareceria de um bode, ele era um
tipo de Minotauro!! Eu
estava tranqüilo, e estava com a espada na bainha, eu achei que não
tinha problema se eu chegasse perto dele, quando eu me aproximei ele
falou com sua voz roca: -
Por favorrrrrrrr, não me mate, não me machuque, você é muito
forte, por favor, não mate Gharban.
Depois
disso eu fiquei sem entender, eu comecei achar que todos os demônios
eram covardes, e que tava ficando mais fácil a cada nível que eu
descia, eu ainda tinha muito que fazer, então eu continue
explorando o 4º nível, eu descobri que aquele nível estava
completamente vazio, eu achei estranho, como que o Diablo poderia
ter botado tão poucas criaturas pra defender esse nível. Enquanto
eu explorava, eu passei novamente pelo tal Gharban, foi ai que ele
exclamou: -
Muito forte, muito poderoso, eu posso te dar alguma coisa, por
favor, não me mate. Eu
me aproximei dele, na verdade eu fiquei interassado em saber o que
eu podia ganhar, quando eu me aproximei, ele jogou um anel no chão
e me disse: -
Este é anel é único, ele te trará mais poder, você ficará
invencível com ele.
Na
verdade eu pude reparar que o anel era muito bonito, ele tinha um
rubi bem grande, acho que as garotas iam gostar muito dele, agora na
parte do poder que o anel possuía eu não acreditei, mas eu já
tinha visto tanta coisa nos últimos tempos, que seria normal ver um
anel dar poder a alguém. Quando
eu agachei pra pegar o anel, não é que ele me atacou, quase que eu
fui atingido, eu consegui desviar por poucos centímetros. Ele começou
a rir e me disse:
Depois
de ter falado aquilo, ele se armou, ele estava com uma espécie de
clava na mão esquerda e na outra mão carregava um pequeno martelo.
Eu comecei a rir, como um demônio poderia usar armas tão
fracas, ele me atacou e eu defendi com minha espada, quando a clava
atingiu a lamina da minha espada a arma dele foi cortada em duas. Foi
ai que ele percebeu que não tinha como me vencer, ele jogou o
martelo no chão, e começou com aquele papo, de que eu era forte, e
que ele tava me testando, e pedindo pra eu não o matar, ele
ajoelhou-se e começou a implorar meu perdão, mas isso não foi o
suficiente, eu pensei no que eu faria, mas eu já tinha tomado minha
decisão, eu lembrei da minha promessa que eu fiz aos meus amigos,
eu tinha dito que mataria todas a criaturas, não importasse quem
fosse, e eu estava disposto a manter minha palavra. Eu
dei alguns passos pra trás, e mandei ele se levantar, que eu o
mataria com honra, eu não mataria alguém que estivesse ajoelhado,
ele se levantou pegou o martelo e partiu como um louco pra cima de
mim, eu acho que bateu um pouco de insanidade nele, na verdade ele não
tinha outra saída mesmo. Quando
o minotauro se aproximou ele tentou me dar uma martelada, eu me
esquivei, abaixando, quando ele me atacou, ficou totalmente exposto,
foi ai que eu dei um golpe fatal nele, eu cravei minha espada nele,
quando o minotauro já estava caindo eu tirei a espada e girei
cravando a lamina nas costas dele, depois disso ele caiu no chão e
rapidamente já havia feito uma poça de sangue no chão, ao
contrario das outras criaturas que quando morriam não ficava nenhum
vestígio, esse era diferente, todos que passassem ali, saberiam que
um dia houvera um guerreiro que havia matado aquela criatura. Depois
disso, eu peguei o anel que a criatura havia jogado no chão. Eu
comecei a andar de volta para a escada que levava pro 3º nível,
pensando que eu tinha cumprido mais uma parte da minha jornada, mais
um nível tinha sido passado, agora só faltavam outros 13. Assim
que eu cheguei na vila, eu fui recebido por muitas perguntas
principalmente da Lídia, eu expliquei tudo o que tinha acontecido,
todos ficaram bem surpresos, depois disso, voltaram pra dentro da
Taverna. Eu
fui pedir um favor para o Cain, eu sabia que ele mexia com
religiosidade e misticismo, então eu fui pedir para que ele
purificasse o anel que eu tinha pegado do monstro, era sacanagem dar
um anel pra uma garota, sendo que esse anel, anteriormente fosse de
um demônio. Eu entreguei o anel e ele me falou que iria fazer um
ritual e que de manha bem cedo eu poderia pegar com ele.
Escrito
por Felipe Gonzalez Alves
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