Capítulo I – Conflito entre o Céu e o Inferno


 
 

Eram meados de maio, e eu tive conhecimento de alguns boatos que diziam que Albrecht, o filho do grande Rei Leoric, tinha sido seqüestrado, e que um velho sacerdote conhecido como Lazarus, tinha sido o pivô dessa história, e que o pequeno menino teria sido possuído por uma das piores criaturas já existentes no nosso mundo.

 

Para dizer a verdade, na época eu não acreditei. Eu pensava que fosse mais um conto de algum bêbado, e que por sinal, fosse de um bêbado Bem criativo. Infelizmente eu estava errado e paguei muito caro por isso, mas eu pretendo contar tudo o que aconteceu em seguida...

  

Passado algum tempo, meu mestre muito preocupado veio até mim, e me disse o seguinte:

 

- Jovem guerreiro... Estas histórias que chegaram em seus ouvidos, são verdadeiras, e você desconhece o poder por trás disto.

 

- Você está treinando comigo já faz seis anos, e você se tornou um grande homem, e sabe que é o melhor guerreiro da vila, e hoje eu percebi que você terá que saber sobre o conflito entre o Céu e o Inferno... Chegou a hora de você justificar tanto treinamento.


- Muito obrigado mestre, durante esses anos, eu treinei muito e acredito que esteja pronto pra tudo, então me conte sobre este conflito !!



-        Desde o início dos tempos, as forças da luz e das trevas envolveram-se em uma guerra eterna, o chamado “Grande Conflito”. E o vencedor desta guerra se levantará das cinzas do Apocalipse para controlar toda a Criação.

Sendo assim os Anjos Celestiais aderiram a uma rigorosa disciplina militar. Os Anjos acreditavam que somente uma disciplina perfeita podia restaurar a ordem em todos os seus incontáveis Reinos, enquanto os habitantes demoníacos dos Infernos pregavam que o Caos Absoluto era a verdadeira natureza de todas as coisas.


 As batalhas do “Grande Conflito” estenderam-se por um longo tempo, e percorreram das áreas celestiais até ao mundo subterrâneo do Inferno.

 As proezas legendárias dos heróis inspiravam veneração e iluminações.

 Embora o “Grande Conflito” tenha ardido com um calor nunca antes vivido e por mais tempo do que qualquer estrela do Céu, nenhum lado logrou dominar o outro por muito tempo.

    Porém não havia vitórias, o Mal e o Bem tinham o mesmo poder, houve um empate forçado.

 Foi aí que eles perceberam, que existia um Reino que poderia desempatar essa guerra, só que este reino precisaria escolher a qual lado seguiria...

 

-        Mestre,  pelo o que você falou, esse Reino só pode ser os dos Mortais,

porque somente nós temos o poder de escolher em que lado desejamos ficar.

 

-        Isso mesmo, ambos os exércitos queriam saber qual lado à humanidade escolheria.

Nós temos o poder da opção, nós escolhemos se queremos seguir a Luz ou as Trevas.

 Então ambos os lados, mandaram seus guerreiros entrarem no ”Reino dos Mortais”, para tentar nos convencer de que lado deveríamos seguir.

 

A chegada do “Grande Conflito” ao “Reino dos Mortais” é conhecida como a “Guerra do Pecado”.

 

Anjos e Demônios, disfarçados entre os homens procuraram atrair secretamente os mortais para as respectivas causas. Com o passar do tempo, as forças das trevas descobriram que os mortais respondiam muito melhor às forças brutais do que a uma pressão sutil e, assim, começaram a aterrorizar os homens para subjugá-los.

 

Os Anjos lutaram para defender a humanidade contra a opressão demoníaca, mas, freqüentemente, todos os seus métodos austeros e suas punições severas somente lograram indispor àqueles que procuravam proteger.





Batalhas violentas da “Guerra do Pecado” ocorreram muitas vezes, mas foram raramente presenciadas pelos olhos curiosos dos homens.

 

  Somente umas poucas almas "iluminadas" estavam conscientes dos seres sobrenaturais que caminhavam no meio da multidão desordenada da humanidade. Poderosos mortais levantaram-se e aceitaram o desafio da “Guerra do Pecado”, unindo-se a ambos os lados do “Grande Conflito”.

 

As fabulosas proezas desses grandes guerreiros mortais lhes mereceram o respeito e o ódio dos mundos inferiores.

 

SEIS é o número dos poderes do Inferno, e SEIS é o número dos grandes Demônios.

 

 

- Como assim mestre ???  Você quer dizer que existem seis grandes Demônios soltos por ai??

 

 

-        Soltos não !!

Existem seis grandes Demônios, eles são conhecidos como Males, porém um único Demônio esta a solta.

Este é o causador de tudo o que aconteceu em Khanduras, nesses últimos anos.



- Quem é esse Demônio, e o que ele faz em nosso reino?? Aliás, quem são os outros cinco??

 

- Calma, meu filho, não seja impaciente!!

 

- Os Males são:

  •  Duriel - Senhor do Sofrimento,

  • Belial - Senhor das Mentiras,

  • Azmodan - Senhor do Pecado,

  • Mephisto - Senhor do Ódio e

  • Baal - Senhor da Destruição.



 O nome do 6º é Diablo, o Senhor do Terror.

 

 E junto com Mephisto, Senhor do Ódio e Baal, Senhor da Destruição dominou os outros Três Males.

  

 Os Três Irmãos perceberam que o Homem era a chave da vitória da guerra contra o Céu.

 

  Os “Três Irmãos” começaram a devotar suas energias para a perversão das almas mortais, pra alcançar essa meta, foi dada uma grande pausa na batalha contra o Céu.

 

Os outros Males começaram a acreditar que os “Três Irmãos”, já não tinham mais coragem de continuar com a guerra.

 

Frustrados e com raiva por causa da paralisação Azmodan e Belial viram se na situação a chance de derrubar os outros Males. Estes dois senhores fizerem um pacto com seus confrades inferiores, que eles trariam a vitória.

 

A guerra interna das Trevas tinha começado, os “Três Irmãos” conseguiram destruir cerca da metade das tropas da legião do Inferno e mataram um dos Mares,  porém foram derrotados pelos traidores Azmodan e Belial.

 

Os irmãos foram expulsos para o Reino dos Mortais.

 

Azmodan acreditava que, com os Três soltos na humanidade, os Anjos seriam forçados a concentrar-se no plano mortal, deixando assim os portões do Céu abandonados e sem defesa.

 

Logo que o combate terminou nos campos de batalha do Inferno, Azmodan e Belial começaram a discutir sobre qual deles teria maior autoridade.

 

O pacto feito por eles caiu rapidamente por terra, e os dois Demônios pegaram em armas um contra o outro.

 

As legiões do Inferno remanescentes polarizaram-se entre os dois senhores, o que os lançou a uma guerra civil sangrenta que dura até os dias de hoje.

 

 

-        Mestre, sem querer te interromper, me diga o que aconteceu com os “Três Irmãos” no

“Reino dos Mortais” ??

 

 

-        Uma Ordem Secreta de Magos Mortais foi reunida pelo enigmático Arcanjo Tirael.

-         

-        Estes feiticeiros deveriam caçar os Três Males e pôr um fim a sua carnificina perversa.

-         

-         A ordem, conhecida como os Horadrins, era formada por magos de diversos e numerosos clãs de magos do Oriente. Empregando práticas e disciplinas mágicas diferentes, esta improvável irmandade foi Bem-sucedida na captura de dois dos Irmãos dentro de artefatos poderosos, chamadas pedras das almas. Mephisto e Baal, presos em um redemoinho, sob o jugo espiritual das pedras das almas, foram então enterrados sob as dunas das desoladas areias orientais..

 

 

- E o que aconteceu ao outro irmão, Diablo, os Horadrins conseguiram capturar ele também ??

 

- Os Horadrins continuaram a sua terrível procura por Diablo, o terceiro Irmão. Eles sabiam que, se o Senhor do Terror fosse deixado à solta, jamais existiria paz duradoura no Reino da Humanidade.

 

 

 

- E depois o que aconteceu ??


 

-        O Senhor do Terror foi capturado e aprisionado dentro da última pedra das almas, por um grupo de monges Horadrins guiados pelo iniciado Jered Cain.

 

Estes monges levaram a Pedra Amaldiçoada para a Terra de Khanduras e enterrara-na em uma caverna isolada próxima ao rio Talsande.

 

 Em cima dessa caverna, os Horadrins construíram um grande monastério, a partir do qual eles podiam continuar a vigiar a Pedras das Almas.

 

Os anos se passaram, e os Horadrins construíram uma rede de catacumbas sob o monastério para dar moradia aos restos mortais dos mártires de sua ordem.

 

 Sucederam-se gerações em Khanduras, e o número de Horadrins foi diminuindo pouco a pouco. Sem missões a cumprir e com poucos filhos para manter a vigilância sobre as pedras, a ordem que uma vez havia sido poderosa desapareceu na escuridão.

 

Finalmente, o grande monastério construído por eles desmoronou. Embora as aldeias crescessem e florescessem em volta das ruínas do monastério, ninguém sabia das escuras passagens secretas que se estendiam embaixo da terra fria.

 

 Ninguém poderia ter sonhado com a flamejante gema vermelha, que pulsava dentro do coração do labirinto...

 

 

 Foi então que o Grande Senhor do Norte, Leoric, veio às terras de Khanduras e, em nome de Zakarum, declarou-se rei.

 

 Leoric era um homem profundamente religioso, um guerreiro nobre...






 

 ... Ele trouxe consigo muitos cavaleiros e sacerdotes que integravam a ordem da luz. Leoric e seu fiel conselheiro, o arcebispo Lazarus, rumou para a cidade de Tristram.

 

 Ele apoderou-se do antigo e decrépito monastério nos subúrbios da cidade e fez dele a sede de seu governo, renovando-o para igualá-lo ao que havia sido no tempo de sua glória perdida.



Pouco tempo depois de Leoric ter se apossado de Khanduras, uma força há muito tempo adormecida despertou nas escuras reentrâncias debaixo do monastério.

 

Percebendo que a liberdade estava a seu alcance, Diablo infiltrou-se nos pesadelos do arcebispo e atraiu-o ao labirinto subterrâneo e escuro.

 

 Aterrorizado... Lazarus correu por entre os corredores abandonados, até que, finalmente, chegou à Câmara da Pedra das Almas , da Pedra Flamejante.

 

 Sem qualquer controle sobre seu corpo ou espírito, ele alçou a pedra acima de sua cabeça e pronunciou palavras que há muito tempo foram esquecidas no Reino dos Mortais.

 

 Completamente fora de si, Lazarus arremessou a Pedra das Almas no chão.

 

E foi assim que Diablo mais uma vez penetrou no mundo dos homens.

 

Mas ele se sentiu extremamente enfraquecido e seu poder estava instável...

 

Ele precisava de um corpo pra poder viver nesse mundo e para poder começar a reivindicar seu vasto poder.

 

 O Grande Demônio avaliou as almas que residiam na cidade acima e escolheu tomar a mais forte delas,

a Alma do do Rei Leoric.

 

 

 





- A ausência de conselheiros e de sacerdotes inquisidores deixou Diablo livre para assumir controle total sobre a alma do Rei. Ao esforçar-se por fortalecer seu poder sobre o rei, o Senhor do Terror percebeu, no entanto, que o que sobrava do espírito de Leoric, continuava a lutar contra ele. Embora o controle que Diablo exercesse sobre Leoric fosse formidável, o Demônio sabia que em seu estado de fraqueza nunca poderia se apossar completamente da alma do rei.

 

- Então, o Senhor do Terror, decidiu então procurar um novo e inocente hospedeiro para ocupá-lo com o seu Terror.

 

 

- Mestre, Diablo se apossou do corpo e do espírito do Jovem Albrecht??

 

 

- Instado pelo seu mestre, Lazarus seqüestrou Albrecht – o único filho de Leoric, e o arrastou aterrorizado para dentro da escuridão do labirinto, Diablo facilmente apossou-se do jovem.

 

 

- Mestre, e o que aconteceu com o Jovem Albrecht, ainda existe a possibilidade de o salvarmos??



-        Não !! A alma dele já esta corrompida...

 E assim que o Senhor do Terror for morto, o jovem morrerá junto...

 

-        Que coisa triste ... Mas me diga mais uma coisa...

Como um simples mortal pode matar um ser tão poderoso??



- Ele ainda não está com todo seu poder, nós temos pouco tempo pra acabar com ele, a cada dia que passa ele se torna mais forte ...

 

- O Senhor ainda não me respondeu, como posso acabar com Diablo??

 

 

-        Você terá que deixa-lo enfraquecido, e depois sela-lo com uma Pedra Das Almas, lacrando-o pra eternidade...

 

Você é um excelente guerreiro, se continuar seus treinamentos, eu acredito que muito em breve, você será capaz de realizar essa missão.


- Agora que você conhece parte da historia...

 

 

- Obrigado Mestre, e quando a gente vai para Tristram??

 

 

-        Em breve !!

Agora, vá meu filho, e continue seu treinamento, porque amanhã temos muito que fazer...

 

 

Escrito por Felipe Gonzalez Alves